quinta-feira, março 18, 2010

parece, mas não é.

"RAINHA: (...) Sabes que é sorte comum - tudo que vive morre,
Atravessando a vida para a eternidade.
HAMLET: Sim, madame, é comum.
RAINHA: Se é, porque a ti te parece assim tão singular?
HAMLET: Parece, senhora? Não, madame, é!
Não conheço o parece.
Não é apenas o meu manto negro, boa mãe,
Minhas roupas usuais de luto fechado,
Nem os profundos suspiros, a respiração ofegante.
Não, nem o rio de lagrimas que desce de meus olhos,
Ou a expressão abatida do meu rosto,
Junto com todas as formas, vestigios e exibições de dor,
Que podem demonstrar minha verdade. Isso, sim, parece,
São ações que qualquer um pode representar.
O que esta dentro de mim dispensa e repudia
Os costumes e galas que imitam a agonia. (...)"

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