terça-feira, setembro 29, 2009

eu deveria esvaziar os lixos da minha nova casa.
eu deveria rever minhas palavras.
vou começar por esvaziar os lixos.
"oh dear,
when I get home I should write a book about this place!
if I ever... if I ever get...
home."


alice in wonderland.

segunda-feira, setembro 28, 2009

colica
colica
colica
tinha esquecido de mencionar o grau de imbecilidade sentida por uma pessoa com colica no momento em que ela se convence de que precisa ficar deitada com as pernas pra cima.
tipo piloto de foguete sabe?
pois é.

domingo, setembro 27, 2009

Quando eu nasci eu chorei, mamei um mes, morava na casa da minha avo, meu irmao me pegou no colo pela primeira vez e se sentiu bem por isso (da pra ver pela foto).
No meu primeiro ano eu comecei a andar (no dia da festa), tinha olhos grandes e cabelo encaracolado, era branca, muito branca.
Nao me recordo de nada que se passou no meu segundo ano.
No terceiro, joguei minhas chupetas pela varanda do prédio em que moravamos eu, minha mae e meu irmao. Me senti corajosa e vencedora pela primeira vez.
No quarto ano tive uma festa de aniversario muito supimpa. Eu era cinderela, tinham dois palhaços, lancheirinhas, decoraçao, e uma bexiga com a qual passei a noite inteira dançando. Tirei fotos e sorri meigamente. Ganhei um short rosa de flanela que cabe em mim até hoje. Ok. Cabia até dois anos atras, quando tinha uns 10 kg a menos. Mas durou uns 15 anos.
Nao me recordo de nada que se passou no meu quinto ano.
No sexto, tive uma festa de aniversario de chapéuzinho, na qual me lembro de como corri brincando de esconde-esconde com meu avo. Acho que foi uma das ultimas vezes em que brincamos de esconde-esconde. Ou de qualquer outra coisa.
Neste mesmo ano, lembro de estar na mala da belina que meu avo tinha com meu irmao e meus dois primos. Cantavamos musicas de Mamonas Assassinas.
No meu sexto ano tinha muitas amigas, pois morava ja no Walfredo Gurgel, prédio no Barro Vermelho em Natal. Lembro de Janaina, que era filha da cozinheira do 4° andar, lembo de Ingrid que morava no 7° e eu morava no sexto. Tinha também um visinha chamada Danique que era um pouco mais nova que eu, que brincava muito comigo, mas que sempre vinha me chamar quando eu tava curtindo meu momento de singularidade. Ja gostava de estar um tanto sozinha nessa idade.
Aos 7 anos senti a primeira inveja sem fundamento da vida. Desejei a coleçao de barbie da minha amiga Ingrid e por isso criei uma certa raiva dela, por ela ser tao cheia dessas coisas todas e nao querer dividir. Passou, nao senti nada de ruim, nao fui infeliz por nao ter a linda casa da Barbie que ela tinha e nem o Ken mais novo das Lojas Americanas.
No meu aniversario ainda de 7 anos, ganhei minha primeira bicicleta sem rodinha. Era um caloi roxa, em que soh vim aprender a andar aos 10. Ganhei também meu primeiro CD de Sandy e Junior, com o qual aprendi a sofrer por amor, sem saber o que isso era exatamente.
Aos 8 fiquei muito feliz por ter mudado pra uma casa. Tinha um quarto soh pra mim e poderia parar de acordar com o quarto fedendo ao xixi que meu irmao fazia na cama.
Tinha também o meu banheiro entao acabaram-se as brigas de "voce toma banho primeiro, nao, voce, nao , voce..."
Morava longe, ninguém queria ir brincar comigo la.
Aos 10 tive outra super festa! Dessa vez todo mundo saiu de Natal e foi pra o San Vale curtir a tarde com karaoke, palhaços, banho de piscina, churrasco, algodao doce, mini-pizza, etc. Foi radical. Coloquei aparelho no final do ano, o que marcou minha fisionomia até os 17.
Aos 11 comecei a estudar pela manha e me achava usando a calça do uniforme da escola. Nao podia brincar de menina-pega-menino na maioria das vezes porque ja era mocinha desde o final dos 10 anos. E morria de vergonha disso. Mentia. Dizendo que tava doente. Até sai da nataçao por causa disso. E da sinusite. era uma boa nadadora.
Aos 12 me apaixonei de verdade pela primeira vez. Entrava no scoop-script e no patricinhas pra ficar conversando pela internet. Convencia meus pais a irem pro "sobre ondas" bar de ponta negra em que tinham internet de graça. Ficava la no site do fa-clube de Sandy e Junior.
Aos 13 tive meu primeiro namorado. E o primeiro grupo de amigas, ao qual sou ligada até hoje. As pessoas começaram a olhar pra mim diferente, reconheceram em mim uma boa pessoa e achavam o meu papo adulto demais pra minha idade. Tirei nota abaixo de 7 pela primeira vez, mas passei por média.
Aos 14 eu vivia vida de verdade. Fui pra o meu primeiro show, com meus pais no camarote, mas eu tava la. Me sentia crescendo, finalmente. Vivi minha primeira decepçao amorosa. Chorei e sofri, mas passou e superei.
Aos 15 tive a terceira festa que marcara minha vida, paguei a entrada de uns 50 penetras e pesava 50 kg depois de uma dieta em que emagreci 10 kg em dois meses. Clareei meu cabelo e comecei um namoro que duraria mais de um ano.
Aos 16 estudei pra valer, fortaleci amizades, meu namoro acabou, coloquei na cabeça que queria vir pra França.
Aos 17 estava de malas prontas pra vir pra ca pela primeira vez e muita coisa na cabeça. Vim, fiz o que eu queria. Viajei, estudei, conheci muita coisa e culturas. Construi a realizaçao do meu maior sonho.
Aos 18, estou aqui, morando sozinha num apartamento de 19m² num bairro calmo da quarta maior cidade da França. Descobrindo a cada dia como se vive. Pulando etapas e crescendo aceleradamente. Posso dizer, com todas as letras que estou vivendo e aprendendo o que todos esses anos esboçados aqui de minha vida nao me ensinaram.
Sou tao feliz quanto no dia em que nasci e chorei, quanto quando ganhei minha bicicleta e nao sabia andar, quanto quando aos 7 larguei a mamadeira (mesmo sem ter citado isso).
As vezes ainda pareço a criança de olhos grandes, branca por demais que vivia de calcinha dentro de casa, com os cabelos encaracolados (que largaram esta forma quando, aos 6, minha querida tia cortou meus cabelos e eles ficaram lisos). As vezes ainda penso que estou apaixonada como aos 12, que to sofrendo como aos 14. As vezes sinto que a vida é um ciclo de sentimentos e emoçoes, as vezes acho que falo demais.
Mas é assim mesmo, a historia vai se formando, a gente vai vivendo e cantando.
"oh I'm living the time of my life"....

festa pra adao.

ontem.
passeio no bateau-mouche no Garonne e Canal du Midi.
passeio de trenzinho pra ver os pontos turisticos.
colicas.
colicas.
colicas.
como se eu nao me soubesse mulher. como se o meu corpo precisasse me avisar que sou descendente de eva e que embora ainda nao tenha sentido a dor do parto, precise, sem escapamento, sentir esta dor que nao tem motivo nenhum. como se eu estivesse pronta pra mijar em pé e um alarme interno sonasse, me mandando esta dor e assim eu fechasse a braguilha da calça sacudindo o saco que nao tenho e dissesse, Ok, sou femea na minha espécie. Que coisa mais animal essa coisa de colica. que coisa mais primitiva. que coisa mais, menos.
Como se expelir sangue 5 dias por mes nao fosse o bastante. Como se a regressao a infancia, quase usando fraldas e se sentindo desconfortavel e suja o dia inteiro nao gritasse a nossa feminilidade suficientemente alto.
ok adao, aqui esta, embalado em varias embalagens de absorventes, a sua costela de volta.

sexta-feira, setembro 25, 2009

o motivo e a vontade do calar. e ao mesmo tempo de dizer tudo aquilo que fica pulsando no peito e martelando na cabeça. uma pétala da flor que em mim vive voou pelo vento forte que soprou. ela era um "mal me quer" na brincadeira. e foi embora. com isso restam algumas outras que numerosas e intercaladas vao encontrar seus rumos; com vento ou sem vento. o perfume que agora sinto é mais doce, pela prevalencia das boas às mas. queria estar perto de outra flor, que com suas petalas fariam, com a mais pura certeza, a brincadeira terminar em "bem me quer".
"Por isso lhe escrevo cartas. Não as entrego, mas as cartas tem disso, não tem? Podem ficar lacradas para sempre, jamais chegar as mãos de seu destinatario, entretanto esta tudo ali eternizado. Condensado. Assim, ao me sentar e escrever essas minhas mal descritas sensações, sei que o encontro. Foram até agora seis cartas e em todas senti, no contato da caneta com o papel, a sua existência."
Aritmética - Fernanda Young

quinta-feira, setembro 24, 2009

i just love this place now

Caraaa, minha cidade é muito beautiful!!!!

Fomos la pra a praça do Capitole hoje andar e conhecer a city do outro lado da praça wilson. Ai demos de cara com o rio Garone! Que é lindimais²!!!!

Tem até passeio de Bateau -Mouche que vamos fazer amanha e aqueles trenzinhos que faz o tour da cidade.

Andamos por todos os lados, vimos um museu, comemos numa praça, visitamos a igreja de St Sernin jantamos no capitole. Moh radical!!!

De noite ainda teve um show de Hip Hop na Place do Capitole mas tava meio boring. Ai a gente veio pra casa. E meu bairro é muuito tranquilo, parece um condominio fechado de casas. Soh residencial, familias, etc.

Fotos no orkut!!!

Tudo aqui é muito lindo, to amando essa cidade!!! As pessoas (nunca vi tanta gente jovem numa cidade soh)...

Beijos e abraços sorridentes,

O maior amor do mundo.

quarta-feira, setembro 23, 2009

aaah
fez sooool hojeee! =D

Olha a faxina ae geente!

Hoje o dia foi de acordar com frio (porque ainda não tive coragem de ir pra lavandaria colocar a cobertura de edredon nova pra lavar - e ta fedendo pacas); tomar banho quente (inclusive o único banho quente do dia - ja tinha comentado sobre isso ontem - falei com a sindica e ela disse que é porque eu tenho 50 litros de agua quente por dia, se gastar, fica sem. soh esquenta de novo a noite); comer o resto do jantar de ontem(como ontem), colocar 4 comprimidos de adoçante no café ao invés de dois, e faxinar.
Sim, no mais profundo sentido que esta palavra pode representar para você. Esfregar parede, guarda-roupa (e finalmente guardar a roupa que tava na mala ainda), tirar tudo, arrumar tudo de volta, desejar que a roupa que trouxe ainda caiba em mim mês que vem. Espanar, esfregar o chão, varrer o chão, passar o pano, afastar a cama, passar pano na cama, colocar a cama de volta, descobrir uma tomada do lado da cama. limpar frigobar (porque derramou leite), tirar o sujo da panela, perceber que tem um pequenino vazamento na pia da cozinha e ir dizer isso pra sindica. Limpar banheiro, organizar banheiro, secar banheiro, tomar banho gelado e perceber que molhou tudo de novo.
Sair pra conhecer o bairro, descobrir que a missa na igreja do lado do ape é as 11 hrs no domingo, descobrir uma conveniencia num posto shell, uma pizzaria e um restaurante no final da rua. Descobrir dois bares, e varias casinhas bonitinhas. Descobrir um açougue, uma lanchonete e duas padarias artesanais (com croissants bem delicia). descobrir uma agência de correios, uma locação de bicicletas e outras duas paradas de onibus e voltar pra casa sabendo que a obra do portão do prédio ta quase pronta ( acordei hoje com barulho de furadeira).
Agora aqui, ja tirei as fotos do meu apertamento e estão no orkut. Depois da faxina é claro! Depois tiro do ape decorado, vai ficar lindo, garanto! Me arrependi de não ter trago minha coleçao o porta-copos de cerveja. Ia ficar lindimais as paredes com tudo coladinho. O único problema seria que a sindica ia tirar metade do dinheiro que dei de garantia para manter o apartamento salvo. é óbvio que ia arrancar pedaço da parede depois de tirar. Ia deixar até as marcas de blu-tak nas paredes.
Bom, pra vocês que ficam, desculpe pelo dia sem graça e cheio de detalhes, sei que deveria ter feito isso pra os primeiros dias, massss, muitas aventuras virão.

Ahh, new da facul: O presidente da Universidade de Toulouse Le Mirail (a qual vou chamar a partir de hoje de UTM se não vai ser complicado passar o dia falando isso) declarou ontem que ao começo de uma nova greve na universidade, o tempo sem trabalho será descontado dos salarios dos professores. Pois, os alunos que cursaram o ano de2008/2009 deveriam ter terminado as provas no dia 7 de Julho deste mesmo ano, porém estavam fazendo provas até a semana passada. Espero que esta nova medida funcione de verdade e quem sabe eu poderei me formar antes do meu aniversário de 50 anos.
depois de um iogurte de arroz com leite muitodelicia da nestlé,
beijos
O maior amor do mundo.

terça-feira, setembro 22, 2009

lembrei de outro detalhe. amanha vou saber com a diretora aqui do prédio porque que a agua tanto da torneira quanto do chuveiro é gelada a noite.
to sofrendo pacas!!

Primeiros dias

Bom, acalmar coraçoes aflitos como sempre...

Voo bom - nada de labios ressecados, xixi uma vez, dormi pela primeira vez de verdade dentro de um aviao, comi.
Portugal - Longa espera, dormida com a cabeça em cima da mesa, embarque de novo
Ai começou a ser engraçado
O nome do aviao era Rola. Rola ou nao rola?? auaheuhea Bem pequeninnho, devia ter uns 80 lugares no maximo!! Mas ai fomos, chegamos em Toulouse com muita chuva e fomos pro hotel.

Segundo dia, acordamos, taxi, chegada no numero 70 , avenue de Rangueil Apt: 303.
Espera porque chegamos as 9 e 20 quando tinhamos a hora pra 10 hrs. Recebi a chave do apto, entrei liiindo liiindo liiindo. Bem fofinho, pequenino, minha caminha (que alias é bi-cama), cozinha fofinha (até micro-ondas) , guarda-roupa, banheiro e melhor: TETO SOLAR automatico. Aperta no botao e ele abre e fecha sozinho.
A tarde fomos comprar tudo pra ca. Comida, sopa, material de limpesa, abajur, etc etc etc.

Hoje, metro pra universidade. 45 minutos ao todo de sair daqui de casa pra chegada na universidade. Pegando a linha B daqui pra Jean Jaures e a linha A de Jean Jaures pra Mirail Université.
Universidade - Fila fila fila, fazer o seguro saude, volta pra fila fila fila, atendimento, volta pra buscar o numero de securité sociale, atendimento, dinheiro precisa ser pago em cheque. Tem cheque? Nao.
Vai pro banco pedir talao de cheque, soh daqui a 10 dias. =/

Daqui a 10 dias posso fazer minha inscriçao.

Supermercado comprar o resto das coisas que faltaram e pronto.
To aqui.
Tenho um conjunto de lençois com cobertor de colchao, lençol e colcha, fronha. Tenho um abajur branco, duas licheiras (ainda falta a cozinha), detergente, bucha, suporte para os dois; material de limpeza com paninho, pano de chao, sabao em po, amaciante, liquido pra limpar chao e paredes, liquido pra limpar os moveis. Vassoura, rodo, balde. Duas toalhas de corpo, maos e dois tapetes pro banheiro. Um tapete na porta. UM monte de sopa pronta, pao de forma, ovos, iogurte, leite, agua, uma coca de 600 ml, suco de laranja, queijo ralado, ketchup, azeite, sal, adoçante, café, temperos diversos. tenho um conjunto de panelas, conjunto de talheres e de pratos, copos e xicaras. um guarda-roupa imbutido de uma porta, e um crucifixo grudado na porta.
Acho que por ai ta bom como informaçao.

desculpa pela falta de informaçao dos primeiros dias. além de eu estar muito cansada, os detalhes mais legais ja foram deixados pra tras. é sempre assim.

prometo, mas prometo de verdade que a partir de amanha eu vou fazer tudo direitinho com as informaçoes.
Vou fazer as coisas, anotar a ordem, tirar fotos do apartamento dentro e deixar voces todos a par de tudo.
Mesmo que pra isso eu tenha que escrever dormindo. Sou até boa nisso.

beijos

Ass: O maior amor do mundo

domingo, setembro 20, 2009

Lisboa

Cheguei em Portugal, to aqui esperando dar a hora do proximo embarque.
Ainda to viva pessoal. =D

quarta-feira, setembro 16, 2009

Off to Brasilia tomorrow at 2 p.m.

See yall on friday!
i'm bigger than my body

segunda-feira, setembro 14, 2009

o que foi que eu fiz? aaaaaaaaaaah eu devo ta brigando com todo mundo enquanto durmo pra nao saber o que eu to fazendo.

terça-feira, setembro 08, 2009

Forever - Ben Harper

Not talkin' 'bout a year
no not three or four
I don't want that kind of forever
in my life anymore
forever always seems
to be around when it begins
but forever never seems
to be around when it ends
so give me your forever
please your forever
not a day less will do
from you

People spend so much time
every single day
runnin' 'round all over town
givin' their forever away
but no not me
I won't let my forever roam
and now I hope I can find
my forever a home
so give me your forever
please your forever
not a day less will do
from you

Like a handless clock with numbers
an infinite of time
no not the forever found
only in the mind
forever always seems
to be around when things begin
but forever never seems
to be around when things end
so give me your forever
please your forever
not a day less will do
from you

inter pares


A plenitude individual depende da relação entre o ser humano e a sua própria solidão. é necessário encontrar prazer em estar em nossa própria companhia, se degustar. Aquele que se conhece sabe ser agradável consigo mesmo, ninguém gosta de má companhia. Até existem aqueles que parecem procurar as pessoas erradas para estar por perto, mas esses agem um tanto quanto inconscientemente e, não se conhecem. A relação humana é utilitária, apenas conseguimos nos relacionar socialmente enquanto reconhecemos que o outro é um escudo contra a nossa solidão. Neste caso, aquele que se conhece e sabe que estar sozinho não é o fim do mundo, esta sistematicamente imune contra todas as armas do companheirismo. As pessoas passam então de escudos à aliados e não são, pelo menos não na maior parte do tempo, indispensáveis.
"Achar tudo profundo; eis um traço inconveniente. Faz com que forcemos a vista o tempo todo e, no final, encontra-se mais do que se poderia desejar."

too much to ask

que o tempo pare. que o tempo pare e que a asa daquele bem-te-vi não suba e desça de forma tão brusca e determinada. na verdade que toda a determinação do mundo desapareça e seja extinguida nesta madrugada. amanha não sobrará nada além de asas de bem-te-vis caídas e esmagadas pelos pés desinteressados, acabados e boémios. que a luz continue apagada pra que o escuro prevaleça e a calma se espalhe; não quero ver o dia nascer pra saber que a luz invadirá meus poros e iluminará essa minha pele ja tão gasta e acostumada à penumbra. que as pessoas ao meu redor sejam sempre tão carinhosas e sorridentes, assim não precisarei criar peixes novamente e atribuir a minha melancolia a vida ligeira desses animais tão estáticos. que encontrem o bin laden escondido também no escuro, desejando que a luz não entre com aqueles que o procuram... deste modo serei pelo menos uma vez na vida comparada à algo catastrofico. que todo esse exagero de sentimentos e palavras não signifiquem nada para quem lê, porque assim ninguém ficara assustado com a imundice desses desejos inúteis e improváveis. que a luz surja enfim, vou olhar o mar e sentir o cheiro da maresia impregnando os meus cabelos pra levar comigo um pouco desta coisa que mora no nosso coração, antes da saudade chegar.

bubbly

e a dormência vai passando, ela vai percebendo que a bolha de proteção contra todos os maus sentimentos sobre o que vai acontecer esta começando a secar. quanto mais rápido forem seus movimentos, quanto mais energia gastar, mais ar será consumido e mais rápido essa bolha secará. a duvida entre agitação e sufocamento, tranquilidade para durar mais esquenta sua cabeça e pulsa ao estouro. Vai menininha, vai crescendo e alimentando os seus sonhos, um dia, você olhará para trás e verá que esta bolha nunca existiu.

ou que ela ainda esta em torno de você.

quinta-feira, setembro 03, 2009

See You Soon - Coldplay





So you lost your trust,
And you never should have, you never should have,
But don't break your back,
If you ever hear this,
Don't answer that.

In a bullet proof vest,
With the windows all closed,
I'll be doing my best,
I'll see you soon,
In a telescope lens,
And when all you want is friends,
I'll see you soon.

So they came for you,
They came snapping at your heels,
They come snapping at you heels,
But don't break your back,
If you ever hear this,
Don't answer that.

In a bullet proof vest,
With the windows all closed,
I'll be doing my best,
I'll see you soon,
In a telescope lens,
And when all you want is friends,
I'll see you soon,
I'll see you soon.

and oh you lost your trust,
and oh you lost your trust,
and oh don't lose your trust,
and oh don't lose your trust.
I'll be only who I wanna be.

Como crianças - Coeur de Pirate Traduçao

Entao voce ve, como tudo se mistura
E do seu coraçao aos seus labios, eu viro um quebra-cabeça
O teu sorriso é um grito por eu estar te deixando
Antes de perder e de abandonar
Pois eu nunca vo te pedir tanto
Ja que voce me trata como uma grande criança
E nao temos mais nada a arriscar
Exceto nossas vidas que deixamos de lado

E ele ainda me ama, e eu te amo um pouquinho mais
Mas ele ainda me ama, e eu te amo um pouquinho mais

Ja basta de todos esses esforços que fizemos
é mais dificil de continuar assim do que de outra forma
Pois sem rir é mais facil de sonhar
Com aquilo que nao poderemos mais tocar
Nos damos as maos como crianças
A felicidade aos labios um pouco inocentemente
E caminhamos juntos, com um passo decidido
Enquanto nossas cabeças gritam para pararmos com tudo

E apesar de tudo ele ainda me ama, e eu o amo um pouquinho mais
Ele ainda me ama, e eu o amo um pouquinho mais

Comme des Enfants - Coeur de Pirate

Alors tu vois, comme tout se mêle
Et du coeur à tes levres, je deviens un casse-tête
Ton rire me crit, de te lâcher
Avant de perdre prise, et d'abandonner
Car je ne t'en demanderai jamais autant
Déjà que tu me traites, comme un grand enfant
et nous n'avons plus rien à risquer
A part nos vies qu'on laisse de coté

Et il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort
Mais il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort

C'en est assez de ces dédoublements
C'est plus dure à faire, qu'autrement
Car sans rire c'est plus facile de rêver
A ce qu'on ne pourra, jamais plus toucher
On se prend la main, comme des enfants
Le bonheur aux lèvres, un peu naïvement
Et on marche ensemble, d'un pas décidé
Alors que nos têtes nous crient de tout arrêter

Il m'aime encore, et toi tu m'aimes un peu plus fort
Mais il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort
et malgré ça, il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort
Mais il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort.
Encore, et moi je t'aime un peu plus fort
Mais il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus fort
Mais malgré ça, il m'aime encore et moi je t'aime un peu plus fort
Mais il m'aime encore, et moi je t'aime un peu plus

quarta-feira, setembro 02, 2009

De volta ao Brasil

Toda vez que saímos do nosso pais e voltamos da esse sentimento de "tamo de volta na mundiça".
Estou de volta ao Brasil a dois dias e não vou negar que é exatamente isso que eu sinto. Uma felicidade imensa misturada com o pensamento " que bom que só vou ficar dois meses". To na fila do Detran pra dar entrada na minha carteira de motorista (que por sinal vou enlouquecer todo mundo pra que ela saia em dois meses).
A palhaçada de Orgao Publico no Brasil começa do lado de fora. Cheguei, perguntei o que era preciso pra dar entrada na Carteira de Habilitação. A moça da recepção me mandou preencher uma ficha e apresentar Carteira de Identidade, CPF e comprovante de residência. Preenchi a ficha, entreguei a carteira e o CPF mas disse que não tinha um comprovante. Ela tirou de baixo do balcão um papel perguntando meu endereço e minhas ocupações. Disse a moça que isso resolveria. (Ainda perguntam quais são as falhas de segurança na emissão de documentos neste pais)
Entrei, peguei minha ficha de numero 178 enquanto o painel indicava a vez de alguém que provavelmente estava esperando a um bom tempo com uma ficha de numero 156. Cadeira furada, um calor insuportável, mais ou menos umas 40 pessoas sentadas, cinco guichés com apenas 3 atendentes e um ajudante sentado no meio de todo mundo.
Ao meu lado esquerdo, um senhor ja de idade, vestido humildemente e calçando legitimas havaianas brancas de tiras azuis, daquelas que se encontra na praia.
Ao meu lado direito, uma senhora reclamando que teria que fazer aulas novamente para poder renovar a carteira e que não tinha mais paciência pra estar em uma sala de aula, aprendendo leis de transito ja que ela dirige a mais de 30 anos. "Deveriam mandar fazer aula os irresponsáveis que dirigem bêbados ou os delinquentes que não prestam atençao ao que fazem, não a mim, pobre senhora que tenho que cuidar da minha casa e não tenho tempo pra ficar dentro de sala de aula". Ela queria a minha aprovação e eu soh concordei com a cabeça.
Continuou reclamando por mais uns 10 minutos e eu ja estava prestando atençao numa senhora que chegou um pouco depois e se dirigiu ao senhor que estava sentado no meio de todos.
Ela falava baixo, li em seus lábios um "por favor senhor! eu preciso resolver isso logo!"
A resposta do senhor? Mais brasileira impossível: "espera um pouco que eu vou dar um jeitinho pra senhora".
Ainda bem que a reclamona do meu lado não viu esta palhaçada, senão eu teria que ouvir mais 15 minutos de reclamação porque a mulher do favorzinho passou na frente dela (e de todos os outros por sinal, incluindo eu).
Finalmente chegou minha vez, me dirigi ao balcão e a atendente pediu desculpas e disse que ia la dentro por um instante "é que acabaram de passar um cafézinho e o pão chegou da padaria agora, se eu não for, vou perder os dois". Eu tava achando tudo tão fascinantemente brasileiro que não ousei negar nada a ela, na verdade eu tava quase pedido um pouco do café e do pão, mas deixei pra la.
Ela voltou sorridente com o cafézinho ainda na mão e toda suja de migalhas de pão. Perguntou meus dados, pegou meus documentos, deu o valor e pedi pra eu me dirigir ao caixa. Fui la, paguei, voltei, tirei uma foto horrorosa e fui fazer o psicoteste e o exame de vista. O exame de vista foi super legal... errei 2 letras na primeira e não enxerguei nada na segunda, fui aprovada. O psicoteste foi bacana, cheio de tracinhos pra desenhar, placas pra marcar, besteiras pra fazer e dois na minha sala foram reprovados.
Ao sair, a instrutora me chamou, me devolveu meus documentos, me parabenizou dizendo que eu tinha sido aprovada. Disse que poderia me dirigir a uma auto escola apenas com o numero do meu CPF que tudo ja estava cadastrado no sistema.
Saio do Detran com papéis na mão, autorização para as aulas teóricas de direçao, uma conta paga e com a certeza de que estou de volta ao meu Brasil!


escrito em 21/07/09