segunda-feira, outubro 19, 2009

Fim de Semana maluco

Uffa, é o que eu posso dizer por estar em casa.
Meu fim de semana foi de falta de sono e correria.
Começou de quinta pra sexta que eu resolvi nao dormir pra poder dormir no trem (ja que tinha 7 hrs de viagem). Idéia imbecil porque isso nunca funciona... E ainda mais porque me atrasei por um descuido imbecil que nao vou citar aqui. Sai correndo com tudo e entrei no trem nos ultimos momentos, ofegante, suada e com frio ao mesmo tempo, descabelada e sem tomar banho. Um desastre.
Almocei um saco de batata Lays. E cheguei em Tours com o celular descarregado. Chantal foi me buscar na Gare e foi super legal reve-la.
Ai cheguei la na casa dela e tinham ja dois intercambistas do distrito... um americano e um argentino. Ai depois foi chegando todo mundo e a festa começando. Aquele velho jantar intercambista na casa de Chantal e o velho sono no quarto da ponta (pela primeira vez dormi neste quarto sozinha). Um sono muito perturbado porque fui dormir as 3 da manha e acordei as 5 e meia.
O acordar também foi como os do ano passado. Eu sempre sou a primeira e unica a acordar e saio chamando todo mundo pra poupar o stresse de Chantal. Café da manha habitual de la (brioche com nutella e suco de laranja). O velho sono e frio matinal. Entra na van e parte pro Mont St Michel. La fui eu contar meu ano que tinha passado, explicando tudo sobre o bac e meu método de estudo, fazendo todo mundo ficar olhando pra mim como se eu fosse uma ET e dizendo que queriam fazer a mesma coisa mas que nao tem coragem e blablabla.......
Chegada no Monte e aquele medo baaaasico de ir dormir em barraca porque entramos num acampamento. Com sorte, conseguimos um quarto pra 8 pessoas com chuveiro e banheiro coletivo, ou seja, fora do quarto. Um friiiio desgraçado e todo mundo tinha que se trocar rapido pra ir pra o Mont.
Tinha algo mal-explicado nessa historia toda. Eu nao recebi o email de Frederic, entao eu nao sabia exatamente o que estava pra acontecer. Chantal me deu um short e um casaco e disse que eu me preparasse pra andar na areia e na agua gelada, porque a gente ia fazer a "Traversée du Mont St Michel". Eu peguei tudo e concordei.
Ai la fui eu colocar o short pra fazer isso. 170 intercambistas com mais uns 20 rotex e uns 30 rotarianos andando 13 km no mar que tinha baixado. na verdade é porque tem épocas do ano que a maré seca muuuito e ai eles resolvem andar por cima da areia onde o mar geralmente fica. Idéia de frances maluco. Idéia de frances maluco. Idéia de Frances maluco. Porque tava todo mundo indignado e impressionado com a utilidade do que estavamos fazendo. Se pelo menos a gente tivesse saido de um lugar bem longe e tivesse andado nessa maré baixa até chegar no monte e ficar por la, tudo bem. Mas a gente tava no monte, saiu andando por 1 hora e meia e voltou andando mais outra 1 hora e meia. Pra o mesmo ponto. Segundo os franceses, ça donne du tonus... vai saber né?
Por sorte nao tava chovendo. A gente andou, andou, andou por tres horas sem parar. Com um vento desgraçado. Devia ta fazendo uns 3 graus e a gente atravessando rios congelantes. A gente saia dos rios sem sentir as pernas, teve até uma hora que mostrei pras meninas, minha perna tava começando a sangrar em alguns poros porque tinha depilado no dia anterior. Saia toda vermelha e com dores. Mais uma fez fui pega de surpresa. Eu nunca sei o que ta guardado pra mim... é por isso que sofro mais do que tudo.
Achei que minhas orelhas iam cair, sério. A aventura teve varios momentos... as vezes me sentia Sol de América atravessando a fronteira pros Estados Unidos, as vezes me sentia em No Limite e tava esperando Zeca Camargo me oferecer olho de cabra quando voltasse, era um pouco Senhora do Destino também... Foi algo bem artistico.
Tudo tem um lado bom, um lado ruim e um lado péssimo. O lado péssimo é que tava muito frio, o lado ruim é que era muito longe e muito sem utilidade e o lado bom, ainda nao descobri.
O novo grupo de Brasileiros é muito legal. A noite foi muito bom me sentir no meio dos intercambistas de novo... Cantar o hino nacional brasileiro (por mais que nao tenha sido tao lindo como o ano passado em Toulouse) e dançar la na festinhadoDJsemgraça. Ver a japa e a indiana dançando na balada pela primeira vez nao teve preço. Ver aquele maluco dançando que nem robo no meio da roda de brasileiros nao teve preço. Rir da plaquinha do final da cidade da Luisa, nao teve preço. Ouvir as historias do Caio (principalmente a do canadense menstruado) nao teve preço. O abraço que o australiano pediu pro Lucas nao teve preço. Saber que cada cidade tem um ABC nao teve preço. A sueca cantando 30 segundos do hino porque nao sabia do resto e ninguém perceber que tava faltando uma parte também nao teve preço.
Sao coisas assim que ficam na lembrança.
4 horas do Monte pra Tours, mais 7 horas de Tours pra Toulouse. Chegar aqui tendo comido soh uma maça no dia inteiro, ir direto pra universidade fazer inscriçao e sair de la com o papel de matriculada e carteira de estudante. NAO TEM PREçO!

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